Quem nunca foi dormir e acordou com uma espinha enorme no rosto? Apesar de parecer que as temidas lesões surgem, literalmente, do dia para a noite, até que a espinha apareça na pele, acontece um longo processo de inflamação.
Além de espinhas, cravos abertos ou fechados, comedões, pústulas e até cistos (as espinhas internas) também são considerados acnes, que costumam surgir por diversos motivos.
Um dos mais comuns é o excesso de produção de sebo pelas glândulas e a hiperqueratinização do folículo sebáceo, que, com as células mortas da pele, formam uma espécie de "tampão" que obstrui os poros.
Quando os poros estão obstruídos são formados os cravos. O ambiente, então, torna-se favorável para a proliferação de bactérias, como a Propionibacterium acnes, que causam infecções e, consequentemente, espinhas.
O processo inflamatório começa nos folículos sebáceos, onde ficam a raiz dos pelos e a glândula sebácea, que produz óleo como maneira de manter a hidratação e proteção da pele. A abertura desse folículo é o poro.
Um outro tipo de acne, conhecida como fúngica, é causado pelo fungo Malassezia, além de fatores genéticos. Ela se manifesta como pequenas bolinhas vermelhas na pele e precisa de um tratamento específico.
Quais as principais causas?
Engana-se quem pensa que só peles oleosas podem sofrer com acne. Quem tem pele seca e não hidrata bem pode acabar sofrendo o efeito rebote – quando as glândulas sebáceas aumentam a produção de óleo para compensar a desidratação, favorecendo o surgimento de espinhas.
Existem outros diversos motivos que levam as glândulas a trabalhar em excesso, podendo causar acne. Esses são alguns deles:
1- Genética
A predisposição genética influencia em como a pele vai se comportar – se vai ter mais glândulas sebáceas, se vai ser mais oleosa, se vai produzir mais queratina etc. Esse é o fator mais determinante para graus mais avançados de acne.
2- Hormônios
Não por coincidência acnes costumam surgir durante a adolescência. Variações hormonais têm influência não apenas na incidência, mas também na localização das acnes. Enquanto nos adolescentes as espinhas e cravos costumam surgir na zona T do rosto (testa, nariz e queixo), em adultos elas são mais comuns na zona U (maxilar, queixo e pescoço).
Medicamentos como corticoides, alguns tipos de anticoncepcionais ou doenças como ovários policísticos também podem estimular as glândulas sebáceas a produzirem mais sebo, aumentando o risco de obstrução dos poros, especialmente após os 25 anos.
3- Estresse
Muita gente começou a sentir a pele mais oleosa e com mais espinhas durante a pandemia. Isso acontece porque, quando estamos muito estressadas, os níveis de cortisol – o hormônio que ajuda a controlar o estresse e fortalecer o sistema imune – aumentam e agem diretamente nas glândulas sebáceas, que começam a trabalhar mais.
Como a imunidade está mais baixa, o corpo também fica mais suscetível a infecções e à ação das bactérias que causam a acne. Esse tipo de espinha é bem comum em outras partes do corpo, como nas costas, ombros e peito e, no rosto, também é mais recorrente na zona U.
4- Cuidados com a pele
Não limpar o rosto de forma adequada, não retirar a maquiagem corretamente ou usar produtos comedogênicos são fatores que contribuem para o surgimento de espinhas. Por isso, é importante manter uma rotina de skincare com produtos comprovadamente não comedogênicos.
5- Clima
É normal que a pele se comporte de formas distintas em cidades ou estações diferentes. No verão ou em locais mais quentes e úmidos, por exemplo, é comum que a cútis fique mais oleosa e favorecendo o surgimento de acnes.
6- Sol
É comum ouvir que o sol pode ajudar a "secar" as espinhas, mas, na verdade, costuma acontecer justamente o oposto. A exposição da pele ao sol pode levar ao aumento do suor e a maior produção de sebo, o que tende a favorecer a incidência de acnes.
7- Outros fatores
Espremer cravos, cutucar espinhas ou ficar com a mão no rosto são hábitos comuns e que fazemos, muitas vezes, sem nem perceber, mas que podem causar inflamações, aumentando a incidência e piorando lesões causadas por acnes.
A máscara de proteção, essencial nos dias atuais, também pode causar espinhas. O fenômeno ficou conhecido como mascne e acontece devido à fricção da máscara na pele e o abafamento da região, que fica mais oleosa e úmida: o ambiente perfeito para a proliferação de bactérias causadoras de acnes.
Como prevenir?
Prevenir a acne é possível com a mudança de algumas práticas. Hábitos saudáveis, como beber muita água e se alimentar bem, ajudam na saúde do corpo como um todo, inclusive da pele.
Ter cuidados básicos como limpar bem a pele, hidratá-la com produtos adequados e protegê-la do sol também ajuda a evitar espinhas.
Quais os melhores ativos para tratar a pele com acne?
Um dos ativos com maior capacidade de penetrar na pele, o ácido glicólico ajuda a manter os poros livres de sebo, excesso de queratina e células mortas, o que impede a formação de cravos e espinhas. É um dos ativos mais indicados para quem tem acne. Também é excelente para clarear manchas e cicatrizes de espinhas.
O ativo tem propriedades anti-inflamatórias que ajudam no controle da produção de sebo e na incidência de espinhas e cravos. Como aumenta a síntese natural de queratina, a barreira cutânea fica mais forte, o que faz com que a pele perca menos água e fique mais hidratada, evitando o efeito rebote e desestimulando as glândulas sebáceas.
3- Ácido salicílico
Extremamente solúvel em óleo, é um dos melhores ativos para as peles oleosas. Ao esfoliar a pele, remove a sujeira e as impurezas da superfície e desobstrui poros, melhorando a aparência de cravos e evitando a formação de novas lesões.
4- Zinco
O ativo mineral é capaz de diminuir a proliferação das bactérias causadoras da acne, além de acelerar a cicatrização de espinhas que já apareceram na pele.
O mandélico possui funções fungicida e antibacteriana que controlam e previnem a acne e a oleosidade. Como também tem forte poder de hidratação, ajuda a diminuir a produção de sebo pelas glândulas sebáceas.
O Mix-01 da Principia combina três dos ativos antiacne acima. Ele contém 5% de ácido glicólico, 4% de niacinamida e 2% de ácido salicílico e apresentou, em testes clínicos, alta eficácia contra acnes. O ácido tranexâmico, também presente na fórmula, ajuda na redução de manchas, inclusive as causadas por espinhas.